Vem carregadinho de nostalgia e saudade.
Faz-me andar o dia todo a cantarolar as músicas com que fui embalada, e as únicas com que sei embalar as princesas.
Oh Laurinda, linda, linda (bis)
És mais linda que o Sol
Deixa-me dormir uma noite
Nas dobras do teu lençol.
Sim, sim, cavalheiro, sim
Hoje sim, amanhã não.
Meu marido não está cá
Foi p'ra feira do Gravão.
Onze horas, meia-noite
Marido à porta bateu
Bateu uma, bateu duas
Laurinda não respondeu.
Ou ela está doentinha
Ou já tem um novo amor.
Ou então procura a chave
Lá no meio do corredor.
De quem é aquele chapéu
Debruado a galão?
É para ti meu marido
Que o fiz eu por minha mão.
De quem é aquele casaco
Que ali vejo pendurado?
É para ti meu marido
Que o trazes bem ganhado.
De quem é aquele cavalo
Que na minha esquadra entrou?
É para ti meu marido
Foi teu pai que to mandou
De quem é aquele suspiro
Que ao meu leito se atirou?
Laurinda que ouviu aquilo
Caiu no chão, desmaiou.
Oh Laurinda, linda, linda
Não vale a pena desmaiar.
Todo o amor que eu te tinha
Vai-se agora acabar.
Vai buscar as tuas irmãs
Trá-las todas num andor.
E a mais linda delas todas
Há-de ser o meu amor.

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